O Palácio do Planalto teve de divulgar nota oficial nesta quarta-feira (11) para reafirmar apoio da presidente Dilma Rousseff ao chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante.
Apesar da fritura de Mercadante já ter começado, ela está ainda em fogo brando, apenas pelo momento difícil para uma reforma ministerial que remova alguém do porte dele.
O fato é que o PMDB colocou Mercadante como alvo preferencial. Se Dilma não conseguir atravessar o rubicão das próximas semanas e a crise aumentar a situação do Mercadante ficará imprevisível.
Depois do dia 15, quando estão previstas manifestações por todo o país, as especulações vão aumentar. Mercadante, no início, pode perder a coordenação política. É o que querem Lula e o PMDB.
Com a crise econômica se aprofundando, Mercadante poderá deixar o Governo, com ou sem o processo de fritura. Ele deverá ser responsabilizado pelos erros, digamos, heterodoxos do governo Dilma.
Alguém vai ter de pagar a conta e, para os observadores de Brasília, Mercadante está na cabeceira da mesa.
Ele vai ficar fraco se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conseguir emplacar algum ajuste fiscal que dê resultados positivos na economia. É muito difícil ver Mercadante comemorando uma vitória da ortodoxia econômica que tanto combateu.